A INFLUÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS PRETÉRITAS NA REPETIÇÃO DE PADRÕES RELACIONAIS DISFUNCIONAIS: UMA ANÁLISE MISTA E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
Palavras-chave:
Padrões de relacionamento disfuncionais, Compulsão à repetição, Trauma de infância, Estilos de apego adulto, PsicoterapiaResumo
Este estudo aprofunda a investigação sobre como as experiências passadas, particularmente traumas infantis e modelos parentais, influenciam a persistência de comportamentos disfuncionais em relacionamentos afetivos adultos. Observa-se frequentemente que indivíduos se veem presos a ciclos de sofrimento, reproduzindo padrões relacionais prejudiciais que remetem a fases anteriores da vida. Utilizando uma abordagem metodológica mista, que combinou dados quantitativos de prevalência de padrões com dados qualitativos de profundidade emocional, buscou-se mapear a prevalência, a percepção e as origens emocionais subjacentes desses padrões. Os resultados da amostra de 47 respondentes confirmaram a hipótese de que a repetição de padrões disfuncionais está diretamente ligada a vivências negativas e feridas emocionais da infância. Fatores como a alta percepção de repetição (80,9%), a ligação com padrões familiares (63,8%) e o predomínio de descrições de ambientes parentais não-saudáveis/instáveis (46,8%) foram significativos. A ansiedade (29,8%) e a insegurança (14,9%) surgiram como as emoções mais frequentes. A conclusão aponta para a compulsão à repetição como uma tentativa inconsciente de "corrigir" o passado e enfatiza a psicoterapia como a principal ferramenta para promover a consciência, ressignificar traumas e, finalmente, quebrar esses ciclos.
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