O MOVIMENTO ZAPATISTA ENQUANTO REPRESENTATIVIDADE INDÍGENA NO MÉXICO

Autores

  • Isabele Enes Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba
  • Kelvin Araújo da Nóbrega Dias Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.47180/omij.v5i1.283

Palavras-chave:

revolução mexicana; Emiliano Zapata; EZLN; povos indígenas; representatividade.

Resumo

O presente artigo discute o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) enquanto representatividade indígena no México. Além disso, faz-se uma retomada histórica explicando quem foi Zapata, como se deu a Revolução de 1910 e como a EZLN foi se estabelecendo no México, se aproximando dos povos originários e do povo mexicano no todo. Para tal, indaga-se: Como se configura a representação revolucionária e a importância do movimento zapatista para os povos indígenas no México? A análise baseia-se na ideia de que Emiliano Zapata se destaca como um modelo inspirador tanto para o EZLN quanto para outras comunidades indígenas na América Latina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, O. M. A Constituição Mexicana de 1917: do estado liberal à proteção social. Revista Direitos, Trabalho E Política Social, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 381-408, 2021.

ÁVILA, F.; SALMERÓN, P. Tierra y Libertad. Breve historia del zapatismo. Crítica México, 2018.

BAIÃO, F. Antiliberalismo e luta pela terra no México: O passado como estratégia de combate. Tempos Históricos, v. 18, n. 2, p. 48-66, 2014.

BARBOSA, C. A. S. A revolução mexicana. Editora Unesp, 2022.

BARBOSA, C. A. S.; LOPES, M. A. S. A historiografia da Revolução Mexicana no limiar do século XXI: tendências gerais e novas perspectivas. História, v. 20, p. 163-198, 2001.

BARTH, F. Grupos étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, P.; STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade. São Paulo: Editora UNESP, 1998.

BARTRA, A.; OTERO, G. Movimientos indígenas campesinos en México: la lucha por la tierra, la autonomía y la democracia. Recuperando la tierra. El resurgimiento de movimientos rurales en África, Asia y América Latina, p. 401-428, 2008.

BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. 9ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

BRUNK, S. Emiliano Zapata: revolution & betrayal in Mexico. UNM Press, 1995.

CASTELLS, M. O poder da identidade. Editora Paz e Terra, 2018.

CEPAL. Os Povos Indígenas na América Latina: Avanços na última década e desafios pendentes para a garantia de seus direitos. Santiago de Chile: CEPAL. 124 p, 2015. Disponível em: https://www.cepal.org/pt-br/publicaciones/37773-os-povos-indigenas-america-latina-avancos-ultima-decada-desafios-pendentes. Acesso em: 24 dez. 2023.

CHARTIER, R. A Beira da Falésia: a história entre incertezas e inquietudes. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.

CRUZ, J. M. A. Zapatismo(s): apropriações e releituras do zapatismo da Revolução Mexicana pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 60–76, 2019.

DIAS, N. V. Entre a selva e as alturas: movimentos indígenas no México e na Bolívia. Outros Tempos: Pesquisa em Foco-História, v. 5, n. 5, 2008.

EZLN. Documentos y comunicados. “Apenas 500 años después”. 2021. Disponível em: https://enlacezapatista.ezln.org.mx/2021/08/13/apenas-500-anos-despues/. Acesso em: 21 fev. 2024.

FERNANDES, F. Capitalismo Dependente: e classes sociais na América Latina. 1981.

FLICK, U. Uma introdução à Pesquisa Qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2007. 2ª ed.

GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Tradução de Galeno de. Freitas. 39ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 307p.

GIL, A. C. A. Mestiçagem e Indigenismo no México Contemporâneo. XII Encontro Regional de História: Usos do passado, 2006, Rio de Janeiro.

GONÇALVES, C. W. P. A Territorialidade Seringueira-Geografia e Movimento Social. GEOgraphia, v. 1, n. 2, p. 67-88, 1999.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 3.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

______. El trabajo de la representación. IEP – Instituto de Estudios Peruanos: Lima, Maio, 2002.

HARVEY, N. The Chiapas Rebellion: The Struggle for Land and Democracy. Duke University Press, 1998.

HERNÁNDEZ, L. N. Los Caracoles de Chiapas: Un sendero zapatista hacia otro mundo. 2001.

HERZOG, J. S. Breve historia de la revolución mexicana. 2v. México: Fondo de Cultura Económica, 1995.

IGREJA, R. L. Justiça, Identidade e Juventude indígena urbana: um estudo sobre os processos organizativos na Cidade do México. anuário antropológico, v. 44, n. 2, p. 129-158, 2019.

LINARES, F. N. Los pueblos indígenas de México. Comisión para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas-Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo, 2008.

LÓPEZ, L. E. Plan de Ayala: Un siglo después. Instituto Nacional de Antropología e Historia, 2018.

LUVIZOTTO, C. K. Etnicidade e identidade étnica: Cultura gaúcha e separatismo no Rio Grande do Sul. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 93 p.

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto comunista. Boitempo Editorial, 2015.

MARX, K. O Capital: Crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013

MORA, M. Zapatista anticapitalist politics and the “other campaign” learning from the struggle for indigenous rights and autonomy. Latin American Perspectives, v. 34, n. 2, p. 64-77, 2007.

MORAES, F. M. A palavra zapatista: uma revolução mediática como estratégia de comunicação e emancipação social. Revista eletrônica do programa de doutoramento em pós-colonialismo e cidadania global, n. 2, 2006.

MOREL, A. P. M. A luta pela terra na cosmopolítica do movimento zapatista. Revista Estudos Libertários, v. 1, n. 1, p. 49-71, 2019.

NAVARRETE, F. Las relaciones interétnicas en México. Universidad Nacional Autónoma de México, 2004.

NOGUEIRA, A. S. Movimento zapatista: uma revolução em tempos modernos. 2022.

PRADO, A. A. O zapatismo na revolução mexicana: uma leitura da revolução agrária do sul. Estudos Sociedade e Agricultura, 2003.

RAMPINELLI, W. J. A Revolução Mexicana: seu alcance regional, precursores, a luta de classes e a relação com os povos originários. Revista Espaço Acadêmico, v. 11, n. 126, p. 90-107, 2011.

ROCHA, O. G. Territorialidades indígenas no México e a experiência do Povo Maseual de Cuetzalan (PUEBLA): diálogos e contribuições para as lutas indígenas no Brasil. Revista Nera, n. 54, p. 90-114, 2020.

RODRIGUES, C. E.; SANTANA, C. M. Reprodução colonial capitalista e resistências indígenas: estudo comparativo entre Brasil e México. Configurações. Revista Ciências Sociais, n. 25, p. 112-127, 2020.

SCHILLING, V. (coord.). 1968, a revolução inesperada. Porto Alegre: Memorial do Rio Grande do Sul, Cadernos de História, n. 47, 2008.

SILVA, J. V. et al. Relación de los hechos que dieron por resultado la muerte de Emiliano Zapata, jefe de la rebelión del Sur. Estudios de Historia Moderna y Contemporánea de México, v. 2, n. 2, p. 197-210, 1967.

SILVA, M. N. O negro no brasil: um problema de raça ou de classe?. Mediações-Revista de Ciências Sociais, v. 5, n. 2, p. 99-124, 2000.

SILVA, R. N. As memórias da Revolução Mexicana: um estudo a partir de Los últimos, zapatistas héroes olvidados e Pancho Villa, la Revolución no ha terminado. Historiæ, v. 13, n. 2, p. 142-157, 2022.

SOARES, A. C. et al. A construção da identidade indígena na contemporaneidade a partir do Exército Zapatista de Libertação Nacional. 2019.

SOARES, G. P. Nove livros para conhecer a Revolução Mexicana. Guia bibliográfico da FFLCH, 2016.

STEPHEN, L. The Zapatista Army of National Liberation and the National Democratic Convention. Latin American Perspectives, v. 22, n. 4, p. 88-99, 1995.

TUTINO, J. De la insurrección a la revolución en México: las bases sociales de la violencia agraria, 1750-1940. Ediciones Era, 1990.

VIEGAS, S. M. Povos Indígenas e Direitos Humanos. In: Marina Pignatelli (Eds.), Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, pp. 269-293. Lisboa: Colibri. 2016.

VITALI, M. A. A identidade étnica indígena no discurso político do movimento zapatista: a voz do "Viejo Antonio" (1994-1998). 2014. 158 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2014.

_______. Como falam os indígenas? Produção de documentos e vozes discursivas no movimento social mexicano neozapatista. Dimensões, n. 35, p. 443-469, 2015.

Downloads

Publicado

2024-05-12

Como Citar

Ribeiro, I. E., & Dias, K. A. da N. . (2024). O MOVIMENTO ZAPATISTA ENQUANTO REPRESENTATIVIDADE INDÍGENA NO MÉXICO. Open Minds International Journal, 5(1), 36–52. https://doi.org/10.47180/omij.v5i1.283